sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A FITA MÉTRICA DO AMOR



Como se mede uma pessoa?

Os tamanhos variam conforme o grau de

envolvimento.

Ela é enorme pra você quando fala do que leu

e viveu, quando trata você com carinho e
respeito, quando olha nos olhos e sorri

destravado.


 É pequena pra você quando só pensa em si

mesmo, quando se comporta de uma maneira

pouco gentil, quando fracassa justamente no

momento em que teria que demonstrar o que

há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas

para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do

outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera

de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode

crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor

é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que

parecia ser grande.

Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.


É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos

olhos.

 Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de

expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la

inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.


Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua

sensibilidade sem tamanho.


Martha Medeiros

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